Mas dessa vez a história é diferente. Eu pedi demissão por vontade própria. Estava difícil conciliar dupla jornada e eu precisei abrir mão poder focar nos meus projetos pessoais envolvendo aulas, palestras, cursos , consultorias e produção de conteúdos.
Provavelmente o meu chefe atual leia esse artigo e eu ainda não sai da empresa, porque escolhi não deixá-los na mão do dia para a noite. Então aproveito para agradecer.
Neste último emprego eu aprendi muito. Quando cheguei na empresa eu estava bem chateada por ter ficado sem trabalho tantos meses e foi incrível ter vivido tudo o que vivi.
Aprendi muito, estudei muito, coloquei estratégias em prática e vi os resultados aparecerem. Todo trabalho feito com amor é assim, não tem como não ser. E eu sou grata a quem me deu essa oportunidade e à minha equipe, que são uns fofos super competentes, dos quais sentirei falta - mas que se tornaram amigos, porque nunca fui a típica chefe, aliás, tentei ser líder todos os dias não fazendo microgerenciamento, compartilhando tudo que sei e incentivando-os a ter autonomia em torno de suas metas (mas prefiro que eles mesmos comentem se fui uma boa líder ou não, diferente disso seria só vaidade minha e não curto isso).
Desde que entendi que precisaria abrir mão fiquei um tempo remoendo o assunto. Eu perguntava pra mim mesma, "você tem certeza disso?", "olha a crise lá fora, garota", "você está louca?", "vai abrir mão da segurança?". Mas eu então criei coragem e fiz o que precisava ser feito.
Se no ano passado eu achava que a única forma de trabalhar era tendo um emprego, hoje eu sei que não necessariamente precisa ser assim. Eu posso ter um trabalho e pronto. Que não vai ter a rotina das 8h às 18h e que vai me permitir estar em lugares diferentes a cada dia.
A responsabilidade se torna maior, cada centavo que eu conquistar terá sido produzido única e exclusivamente por mim em cada trabalho que eu fizer. Não existem garantias. A diferença é que eu vou realizar meus projetos pessoais que tanto amo e só esse fato já torna tudo mais apaixonante: é um momento de realizar sonhos e às vezes a gente precisa dar um passo atrás para avançar.
Escrevo esse artigo curto e tão verdadeiro para agradecer a oportunidade que tive até aqui e às pessoas que conheci.
Nos últimos meses eu estudei muito para oferecer o melhor à empresa e acredito ter fechando um ciclo bem satisfeita com o que consegui. Também escrevo para dizer que muito do que conquistei veio através do LinkedIn, que funcionou como uma vitrine interativa para mostrar quem sou, meu trabalho e meus estudos: fez muita diferença escrever artigos por aqui, muita mesmo!
Como não é saudável acumular duplas ou triplas jornadas por tanto tempo em nome da saúde física e mental, tomei esta decisão. Que me traz algum tipo de medo sim. Mas a verdade é que eu me tornei empreendedora e todo empreendedor é costumeiramente chamado de louco.
Em breve me dedicarei às minhas aulas na USC e UFSCAR, à Hubico, focada em produção de conteúdos para marcas e negócios (hey, precisa de conteúdos relevantes para alcançar seu público e gerar mais negócios?), ao "O que move o marketing", um evento itinerante de marketing que vai rodar o Brasil e às minhas palestras (11/04 na Fórum Eventos falando sobre tendências tecnológicas, 02/05 na USC falando sobre marketing e internet das coisas, 10/05 em Sorocaba dando um curso sobre marketing de conteúdo com o Flavio Pavanelli, 21/05 em BH com um workshop sobre marketing de conteúdo em parceria com o Douglas Gomides e 04/06 na Conferência LinkedIn - logo divulgo!).
Se você está passando por um momento de desemprego, pare de achar que a única forma de ter renda e se realizar é sendo CLT. Sempre existe algo que você pode fazer por fora, um serviço, algo que você possa criar, algo que você conhece muito e pode tornar um negócio por meio de aulas ou consultorias, por exemplo. Basta se libertar de amarras e preconceitos que tudo dá certo, basta parar de fazer tudo igual sempre.
Pedir demissão não pode ser algo não planejado. É preciso ter um segundo plano já rodando e muita vontade de fazer acontecer. Ter seu próprio negócio não significa trabalhar menos, pelo contrário. Você provavelmente trabalhará mais, precisará lidar com a falta de rotina e muitas vezes com a solidão. Precisa definir muito bem o que você vai fazer, como vai trabalhar, como vai comunicar este serviço ao seu público, vai precisar dominar muitos assuntos, botar a mão na massa e sempre renovar sua fé no que você escolheu fazer. Você não terá décimo terceiro ou benefícios. Talvez no começo você ganhe menos, dê um passo pra trás. Mas se persistir vai ganhar impulso e as coisas vão acontecer. Mas você precisa amar muito o que decidiu fazer daqui em diante para dar certo.
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