O comportamento do brasileiro em tempos de crise é algo que precisa de certa atenção. Enquanto que geralmente a ideia é de cortar gastos ao máximo possível, o brasileiro apresenta um comportamento tendendo em dois estremos: muitos optam em reduzir gastos apenas em áreas consideradas menos essenciais para manter o padrão de vida comprando produtos caros não tão essenciais enquanto outros preferem cortar os produtos caros obtendo apenas os substitutos mais baratos.
Por exemplo, duas marcas se destacam na categoria de cuidados com cabelos: a Monange vendendo os produtos por preços e promoções mais baratas e a Aussie que vende produtos bem mais caros que as concorrentes.
No caso das cervejas o que ocorre é similar. As bebidas mais caras têm ganhado com a crise, onde em uma pesquisa, 81% dos entrevistados afirmaram que se mantêm fiéis a marca apesar de diminuírem o consumo ao invés de migrarem para marcas mais baratas.
Os supermercados também crescem com a crise a medida em que consumidores abrem mão de consumir bebidas em bares e restaurantes e optam em beber em casa para economizar.
Como podemos notar, optar em ficar em um meio termo, sem um preço definido e classificado como “barato” ou “caro” não é a melhor estratégia em tempos de crise.
Marcas pouco conhecidas também ganham força na crise, no caso do chocolate por exemplo, o consumidor pode cortar os gastos no produto, mas ele continua a sentir vontade de comer chocolate, então ele substitui sua marca tradicional por outra mais barata. Assim marcas como a Bel, de doces, e Hércules ganham espaço.
Com o controle de gastos mais evidente, muita gente opta em soluções alternativas a compra de produtos novos. No setor automobilístico muitos vendedores que trabalham com metas precisam soar a camisa para manter seus produtos com um preço competitivo e atraente ao consumidor que atualmente pensa duas vezes antes de optar em comprar um carro novo ao invés de usado.
E quem diria, até a profissão de sapateiros reapareceu. Solas gastas já não são desculpas para jogar os sapatos no lixo. Consertar, costurar e renovar são soluções fáceis para quem quer poupar em épocas conturbadas financeiramente.
A venda de produtos usados elevou-se significativamente aumentando o número de lojas que aproveitam oferecendo garantias e grande variedade de produtos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário